A presidente Dilma Roussef receberá entre esses dias, um
manifesto assinado por representantes de 30 entidades empresariais e por
sindicatos de trabalhadores, pedindo a sanção do Projeto de Lei n°1.472/07, que
determina a discriminação dos impostos incidentes nas vendas de produtos e
Serviços nas notas fiscais de todo o País.
O ato batizado de "Não veta, Dilma" reuniu
representantes do comércio, da indústria e de sindicatos de trabalhadores no
Masp. Eles pedem que a presidente sancione o projeto de lei, já aprovado pelo
Congresso.
O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e
da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp),
Rogério Amato, lembrou, em discurso, o início da campanha "De olho no
Imposto", que resultou na aprovação do projeto que está na mesa de Dilma.
"É um movimento que faz com que pessoas comuns se tornem cidadãs. É
cultura de cidadania o conhecimento de quanto pagamos de impostos. Pessoas
desinformadas são vítimas da empulhação. Cidadãos, não; pois sabem decidir o
seu destino com informação", disse Amato.
O manifesto intitulado "Não Veta, Dilma" é uma
resposta às manifestações contrárias à divulgação dos tributos nas notas
fiscais, vindas da Receita Federal, sob o pretexto de que há dificuldades
técnicas. O texto da lei, entretanto, permite informar o valor aproximado dos
tributos. Pesou também na decisão de realizar o manifesto o fato de a liderança
do governo na Câmara dar sinais sobre o veto.
Na opinião do vice-governador, a exposição do valor dos
tributos nas notas fiscais fará com que os brasileiros saiam da condição de
súditos para cidadãos. "O Brasil é o campeão da tributação sobre o consumo
porque, dessa forma, é mais fácil esconder o peso dos impostos no Preço final
de produtos e serviços", afirmou. Durante o ato na Avenida Paulista foi
montado um Feirão do Imposto indicando os impostos embutidos nos preços de
produtos.
Fonte: Diário do Comércio - SP
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