A partir desta quarta-feira (25), Dia Internacional do
Farmacêutico, os profissionais da categoria poderão receitar medicamentos que
não exigem prescrição médica. A resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF)
foi publicada no Diário Oficial da União. Com a nova regulamentação, os
farmacêuticos de todo o país vão poder receitar, por exemplo, analgésicos,
medicamentos tópicos e fitoterápicos.
Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado
de São Paulo (CRF-SP), Pedro Menegasso, a medida vai formalizar o que já era um
hábito. "As farmácias são obrigadas a ter um farmacêutico e esse auxílio
já é dado informalmente", diz.
A regulamentação foi aprovada pelo CFF nove dias depois de o
Congresso Nacional aprovar os vetos feitos por Dilma Rousseff à Lei do Ato
Médico. A lei prevê que o ato de prescrever tratamentos não é exclusivo dos
formados em Medicina.
Para o presidente do CRF-SP, no entanto, a aprovação das
mudanças poucos dias depois da aprovação dos vetos ao Ato Médico foi
coincidência. "A decisão de prescrever medicamentos que não exigem receita
médica não entra na área dos médicos. Todo medicamento oferece riscos. O
farmacêutico é o profissional que melhor pode orientar os pacientes, já que é
nosso campo de estudo."
Para o primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina
(CFM), Desiré Callegari, "a lei que regulamenta a profissão do
farmacêutico não prevê o diagnóstico de doenças e a prescrição de
tratamentos." O CFM deve se pronunciar oficialmente ainda nesta
quarta-feira.
Fonte: Veja
0 comentários
Postar um comentário