sexta-feira, 21 de março de 2014
Como o monitoramento é feito?
Os controladores de voo acompanham essas aeronaves através de dois tipos de radar: um primário e um secundário. O primeiro tipo, baseado nos primeiros radares desenvolvidos na década de 30, permite que a posição do avião seja determinada através da análise de sinais de radiofrequência que são enviados e, então, “rebatidos” pela aeronave.
Já o segundo tipo, o radar secundário, além de receber informações sobre a identidade e a altitude de cada avião, analisa outras informações de voo que são enviadas por um equipamento instalado no interior da aeronave, o famoso transponder. Tanto os dados obtidos através dos radares primários como dos secundários são recebidos por estações instaladas em terra, e elas têm um alcance de aproximadamente 320 quilômetros cada uma.
Isso significa que as aeronaves que fazem rotas transoceânicas desaparecem dos radares temporariamente, embora isso não queira dizer que ninguém saiba onde elas estão durante o transcurso da viagem.
Além disso, existe ainda um sistema digital chamado ACARS — de Aircraft Communications Addressing and Reporting System — que permite a “conversa” entre os computadores das estações em terra e os das aeronaves. Os dados são transmitidos por meio de mensagens simples e curtas através de satélite ou rádio e podem incluir informações sobre o voo que vão desde o desempenho de sistemas e motores até a presença de um banheiro entupido.
Nos ataques de 11 de setembro nos EUA, além de desligarem os transponders dos aviões sequestrados — e assim interromper parte da comunicação com o controle de tráfego aéreo —, os terroristas fizeram com que as aeronaves voassem abaixo da altitude ideal.
Os pilotos até conferem suas posições nos mapas através de GPS presentes nos aviões, mas essas informações normalmente não são compartilhadas com os controladores em terra. Isso sem falar que lidar com o enorme volume dados gerados durante um voo é bastante caro. Nesse sentido, a Administração Federal da Aviação dos EUA espera substituir o sistema atual por um sistema de rastreio via satélite chamado NextGen, muito mais moderno e seguro.
Fonte: Mega Curioso
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