quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


Após o incêndio que mobilizou o mundo em uma casa noturna no Rio Grande do Sul no último domingo (27), as pessoas que se divertem em boates e demais estabelecimentos estão em alerta, será que o lugar é seguro?
Conforme pesquisa, especialistas em segurança foram ouvidos, os mesmos contaram quais são as obrigações básicas de cada local e como saber se essas regras estão sendo devidamente cumpridas. Um dos exemplos citados, é como saber se a casa está com o alvará de funcionamento em dia, se está com os equipamentos de segurança corretos, se há rotas de fuga?

Veja as respostas para estas e outras perguntas:

Alvará de funcionamento - documento emitido pela prefeitura, estado, bombeiros ou órgão específico de atuação de cada estabelecimento que dá permissão para o empreendimento atuar. Tem de ser afixado em local visível aos usuários.

Saídas de emergências mostram a rota de fuga do local - Saídas de emergência - são obrigatórias, porém a quantidade e a posição onde devem ser colocadas são determinadas por uma avaliação técnica feita por um engenheiro ou arquiteto. Deve ser localizada imediatamente acima da porta centralizada a uma altura de 1,8 metros de altura medida do piso à base da sinalização.
Deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 metros. A sinalização complementar de rotas de saída é facultativa e deve ser aplicada sobre o piso.

Sinalização mostra como acionar a porta corta-fogo - Porta corta-fogo - protege a saída de emergência, que não pode ter materiais inflamáveis. Para segurança, ela deve possuir uma barra “antipânico” como sistema de abertura. Só com a pressão das mãos sobre a barra a pessoa destrava e abre a porta. Deve ser usada em áreas que comunicam diretamente com as rotas de fuga.
É considerado um produto seguro, entretanto sua eficácia pode ser comprometida caso haja uso inadequado e se não passar por um teste de qualidade.

Extintores - são obrigatórios e devem ser checados uma vez por ano. Quem calcula a quantidade do dispositivo e onde ele deve ser instalado também é o especialista técnico. Segundo as normas do Inmetro, existem três tipos de fogo: o fogo gerado por combustíveis líquidos, por líquidos inflamáveis e por equipamentos elétricos. Cada extintor traz as suas especificações.

Dispositivo de extração de fumaça - são dutos no teto que ajudam na circulação de ar e na evacuação da fumaça, caso comece um incêndio. No entanto, o dispositivo não é obrigatório em todos os estados.

Alarme de incêndio com detector de fumaça - o detector de fumaça aciona automaticamente um alarme sonoro sobre a existência de um incêndio. Ele pode ser equipado ainda com um dispositivo de localização, que envia um sinal de emergência ao Corpo de Bombeiros.
No entanto, não é obrigatório em todos os estados; apenas o alarme de emergência manual, acionado por um botão.

Sprinkler (chuveiro automático para extinção de incêndio) - é uma rede instalada no telhado do prédio com diversos dispositivos com água, que devem ser acionados automaticamente, por meio da variação de temperatura.
Eles cobrem uma área de 10 m² a 14 m² e conseguem conter a fumaça e o calor logo no início, o que evita possíveis mortes por asfixia. No entanto, a obrigatoriedade vai depender da avaliação de cada situação.
Estes equipamentos possuem uma ampola ou dispositivo bloqueando permanentemente a saída de água. No caso de prédios, os sprinklers em geral funcionam a partir do momento em que as ampolas são rompidas pela elevação da temperatura. Somente onde haja calor, a água irá ser liberada. Por isso alguns sprinklers podem estar liberando água outros não.  Onde os sprinklers liberaram água significa que a temperatura atingiu o limite máximo previsto. Se num determinado local for possível identificar uma área com sprinklers liberando água e outra área com os sprinklers intactos, possivelmente o fogo esteve mais próximo dos sprinklers que estão abertos.
Existem também outros tipos de aspersores que utilizam outros fluidos diferentes da água para combater o incêndio. Um cuidado especial deve ser adotado quando houver a identificação de uso de “CO²”.  Locais protegidos por aspersores de “CO²” precisam ser desocupados antes que esse gás comece a ser liberado. Em geral há alarmes e avisos antes da liberação do “CO²” para que as pessoas saiam do local porque podem ficar asfixiadas.  Esse tipo de proteção tem sido substituído gradativamente, mas alguns locais como museus, bibliotecas, cofres de documentações, salas com componentes eletroeletrônicos, podem ainda utilizar o “CO²”.  O objetivo é que a água não danifique as obras de arte, documentos e equipamentos, mas atualmente existem outros fluidos que também evitam estes danos e não causam asfixia.

Fonte: G1


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