A tecnologia ajuda e muito as nossas vidas não é mesmo? Mas
será que todas essas facilidades são benéficas para nós? Há muitos estudos que
dizem que os equipamentos e sistemas — criados para eliminar a necessidade de
trabalho por parte de quem os está utilizando
— podem fazer com que o cérebro humano deixe de raciocinar com tanta
eficiência como fazia em outros tempos.
E não estamos falando de funções extremamente complicadas,
mas de alguns itens cotidianos que realmente podem interferir em nossas vidas. Você
deve conhecer alguns exemplos bem comuns disso, não é mesmo? Pois confira agora
uma lista com os cinco maiores casos de tecnologias que nos desestimulam a
pensar e veja se as suas apostas foram concretizadas. A escolha foi feita com
base em um artigo publicado pelo Discovery News.
1. GPS
Se você precisa chegar em algum lugar, qual é a solução mais
viável? Alguns podem pegar mapas, outros calculam as rotas automaticamente pelo
Google Maps e um terceiro tipo de pessoa prefere utilizar os aparelhos de navegação
por GPS.
Sem precisar de cálculos prévios, tudo o que o motorista
precisa fazer é dirigir seu carro e seguir as instruções do pequeno aparelho.
Toda a “Memória de Navegação Espacial” fica adormecida nesse caso, fazendo com
que um setor cerebral que trabalharia no momento seja completamente inutilizado
por algum tempo.
Tudo isso é relacionado ao hipocampo, que ao ser atrofiado
também pode influenciar na aparição do Mal de Alzheimer. Um estudo realizado no
início dos anos 2000 ainda mostra mais um fator relacionado a isso. Analisando
o cérebro de várias pessoas da Inglaterra, chegou-se à conclusão de que os
taxistas londrinos tinham o hipocampo maior que o de outras pessoas.
2. Calculadora
Calcule: (4x + 12).(4 + 3x). É uma conta relativamente simples
que exige poucos passos para ser resolvida, mas há muitas pessoas que preferem
utilizar uma calculadora para chegar aos resultados. Em operações matemáticas
mais complexas é aceitável a utilização de artifícios que tornem o processo
mais simples, mas o problema é que isso tem se tornado um hábito ruim.
É comum vermos pessoas utilizando as calculadoras para somas
muito simples, somente pelo fato de que é mais cômodo. Quando se torna
necessário fazer alguma conta de cabeça — ou mesmo com papel e caneta —, a
dúvida chega bem antes da solução.
3. Smartphones
Tudo o que precisamos para nossas vidas está nos
smartphones. Compromissos podem ser marcados e anotações criadas sem que
precisemos escrevê-las — basta copiar e colar os dados desejados. Distrações,
então, existem às dúzias. Tudo isso fica ao alcance dos dedos e não demanda
qualquer esforço para ser acessado.
E toda a demanda que levamos aos eletrônicos é deixada de
lado em nosso próprio cérebro. Por isso, estudos apontam que a utilização dos
smartphones faz com que memória e velocidade de processamento das informações
acabem sendo prejudicadas. Por isso, se você já está demorando muito para se
lembrar de um ou outro item, é bom ficar atento.
4. Corretor
automático
Você acha que utiliza muito do seu cérebro quando está
escrevendo? E prefere escrever à mão ou digitar? Segundo um estudo publicado
pela BBC, se a sua opção for a segunda, é melhor desligar o corretor automático
de seu computador ou portátil. Há claras evidências de que os corretores fazem
com que as pessoas escrevam com menos preocupação quanto à grafia, pois, se
houver algum erro, ele será corrigido.
Depois de serem analisadas 2 mil pessoas no estudo,
chegou-se à conclusão de que a correção automática pode causar prejuízos
visíveis à capacidade de soletração e grafia. Como o Discovery News lembra, o
lado bom é que 96% dos entrevistados afirmaram reconhecer a importância de
grafias corretas.
5. Multitasking
O Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres
publicou, em 2010, um estudo revelando que a constância em multitarefas pode
ser mais prejudicial ao QI humano do que o consumo de algumas drogas, como a
Cannabis sativa. O mesmo estudo ainda foi utilizado para revelar que as pessoas
com muitas tarefas simultâneas podem acabar com desempenho inferior ao de
pessoas com privação do sono.
A conclusão a que chegamos nesse ponto é de que é mais
indicado fazer uma tarefa de cada vez do que tentar fazer muitas ao mesmo
tempo. Isso pode ser benéfico não apenas ao seu cérebro em longo prazo, mas
também aos resultados imediatos, pois a atenção redobrada a uma única função
pode ser realmente um ponto positivo.
Você já havia pensado que esses avanços tecnológicos
poderiam ser prejudiciais ao cérebro humano?
E você consegue pensar em outro item da atual tecnologia que possa fazer
com que as pessoas fiquem menos inteligentes?
Fonte: Tecmundo
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