O Google adverte: Não espere privacidade ao usar o Gmail. Portanto, se você é um dos mais de 400 milhões de usuários do serviço gratuito de e-mails da empresa, é bom ter em mente que as mensagens trocadas via Gmail não são exatamente restritas apenas aos remetentes e destinatários.
“Assim como o remetente de uma carta para um colega de trabalho não pode se surpreender se o assistente do destinatário a abrir, quem usa serviços de e-mail baseados na web não pode se surpreender com o fato de que suas mensagens são processadas pelo provedor”, declarou o Google.
O contexto do argumento é um pedido de indeferimento solicitado pela empresa à justiça americana e é a resposta do Google a uma ação judicial da qual é alvo.
Esta ação, revelada pela entidade de proteção ao consumidor Consumer Watchdog, alega que a empresa viola leis americanas quando acessa os e-mails para determinar quais anúncios serão exibidos aos usuários no Gmail.
Já o Google, por sua vez, diz que os termos de serviço e as políticas de privacidade do Gmail são claros e explicam detalhadamente o que acontece com as mensagens trocadas através dos seus servidores. Quem concorda em usar o Gmail, portanto, também está de acordo com os seus termos.
Google x privacidade
Apesar de dura, a posição da empresa em relação à privacidade dos usuários dos seus serviços não é uma novidade. O site Business Insider lembrou um episódio similar envolvendo Eric Schimidt, presidente do conselho do Google, em uma entrevista à rede americana CNBC, em 2009.
O executivo declarou que, na realidade, os mecanismos de buscas retêm informações dos seus usuários em certos momentos. “E, nos Estados Unidos, estamos sujeitos ao Patriot Act e é possível que tais informações sejam disponibilizadas às autoridades”, finalizou.
Fonte: Exame
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