Se as perspectivas para a economia brasileira já não eram as
melhores, agora, um acontecimento externo e um doméstico disseminaram mais o
pessimismo entre os agentes, completando o quadro de “tempestade perfeita”
(conjunto de fatos negativos concomitantes), segundo relatório do Banco
Espírito Santo (BES). “Serão férias nada calmas”, afirma o relatório assinado
pelo economista chefe do banco, Jankiel Santos, e pelo economista sênior Flávio
Serrano.
Do lado externo, há a questão de liquidez bancária chinesa,
que, segundo o BES, “reforçou a preocupação quanto à solidez do sistema
financeiro daquele país e seu possível impacto sobre a – já não animadora –
trajetória de crescimento econômico e os preços de commodities”. Do lado
doméstico, o relatório, sem citar nomes, resume a situação da OGX: “problemas
com o balanço de uma empresa petrolífera com participação relevante no índice
Bovespa e com possibilidade de contágio elevada por conta de seu alto endividamento
bancário só aumentaram a aversão para com papéis de companhias brasileiras”.
Juros e mais juros que resultam em juros infinitos. E nossas
férias? Onde ficam?
Fonte: Exame
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